top of page
Rectangle 39477.png

Agência de Notícias

Últimas novidades e informações do Sistema FIEPA

MINISTRO DAS CIDADES, JADER FILHO, PARTICIPA DE REUNIÃO NA FIEPA SOBRE O PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA

A convite da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o ministro das Cidades, Jader Filho, esteve na sede da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA), nesta segunda-feira, 15/01, para ouvir sugestões e debater propostas do setor da construção referente às ações do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Durante o encontro, a CBIC apresentou um ‘Diagnóstico da Região Norte: Desafios e Perspectivas’, elaborado em conjunto com a equipe técnica do Observatório da Indústria da Federação da Indústria da Bahia (Fieb) com o apoio da FIEPA, que mapeou os principais desafios para a implementação e avanço da iniciativa na região. 


O diagnóstico, segundo o presidente da CBIC, Renato Correia, foi realizado a pedido do Ministério das Cidades e da Secretaria Nacional de Habitação do Governo Federal, com o intuito de entender por que a região Norte não consegue usar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) na contratação do MCMV. “Nesta pesquisa foram elencadas algumas características muito próprias aqui da região Norte como, por exemplo, o custo de construção, o transporte fluvial dos materiais, as dificuldades de acesso à mão de obra, o custo do terreno e da legalização, além do prazo de aprovações de projetos, que são alguns pontos que impactam bastante os resultados do programa no Norte do Brasil”, explicou o presidente da CBIC. 


Segundo o diagnóstico, a região Norte realizou somente 22% do orçamento original do FGTS e teve participação de apenas 2% das contratações nacionais. Entre os estados nortistas, Rondônia foi o que mais fez uso do orçamento (41%). Entre os com menor índice estão o Pará (15%), Acre e o Amapá (4%). 

Os dados revelam que as populações das regiões Norte e Nordeste vivem com rendimentos substancialmente menores que o das outras regiões do país. Trabalhadores da região Norte registram uma renda 21% abaixo da média nacional, com maior nível de informalidade e taxa de desemprego superior à média. Do lado da demanda, esse fator é determinante para a baixa performance da região nas contratações do FGTS, afirma o estudo.  


Com relação à participação das empresas formais no programa, segundo registros da Caixa, a região Norte apresenta um baixo índice, com apenas 57, o que representa 2,5% do total, demonstrando que o mercado é pouco atrativo para as empresas de construção e incorporadoras, com enorme carência de infraestrutura urbana, além de custos elevados de construção e problemas fundiários.  


Segundo Correia, um dos pontos mais desafiadores para a região Norte diz respeito à aprovação de projetos e licenciamento de obras, que pode ser feito por uma construtora, uma imobiliária ou por uma pessoa física, e que hoje leva em torno de 570 dias, sendo um dos prazos mais longos no Brasil. "Antes mesmo de fazer esse diagnóstico, o governo federal já tinha ideia de que existia uma disparidade do Norte com as demais regiões do Brasil. A região Nordeste também tinha esse problema, mas já foi corrigido. Agora, nós estamos aprofundando essas discussões para corrigir aqui no Norte e esperamos que até 2025 a gente já consiga chegar ao equilíbrio no uso desse recurso. Essa disparidade impacta diretamente o setor da construção, fazendo com que as empresas acabem migrando para outras cidades onde a aprovação é mais rápida e isso impacta na geração de emprego, de tributos, na segurança pública, enfim, na qualidade de vida das pessoas”, afirmou Correia. 


Após o encontro, o ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou que o debate gerou informações importantes para estabelecer prazos e metas para solucionar os problemas do MCMV na região. “Nós reunimos aqui os estados do Norte, a Caixa Econômica Federal, diversos representantes e a CBIC, que é a instituição que está nos ajudando nos levantamentos, para que possamos encontrar onde são os gargalos do FGTS e juntos com o Estado, os Municípios, a Caixa, as construtoras e a iniciativa privada, a gente consiga realizar mais financiamentos, levando para as famílias o sonho da casa própria”, avaliou o Jader Filho. 


Para o presidente da FIEPA, Alex Carvalho, o encontro realizado em Belém representou uma oportunidade para que a indústria do Estado possa apresentar ao governo federal suas demandas com relação ao programa habitacional. "Trazer esse tipo de discussão para a nossa cidade é importante, por vários motivos, entre os quais o fato de que o MCMV é uma ação estruturante com um forte viés social de atender as famílias mais necessitadas, trazendo dignidade através da moradia. Além disso, é um potencial gerador de empregos, levando em consideração que o setor da construção é responsável por movimentar uma extensa cadeia produtiva que atua em diversas fases do programa. Então, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção, juntamente com o Sindicato das Indústrias da Construção do Estado do Pará, trouxe para a FIEPA essa demanda e nós aceitamos o desafio de nos aprofundarmos nesse estudo e colaborar com esse processo de retomada que nos traz uma expectativa muito positiva, mas que ainda precisa de alguns ajustes pontuais, para que se adeque às peculiares do nosso Estado e da região Norte”, afirmou o presidente da FIEPA, Alex Carvalho. 


O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção do Estado do Pará (Sinduscon/PA), Fabrizio Gonçalves, lamentou a subutilização na região dos recursos alocados do FGTS para aquisição da casa própria pelo programa federal de habitação. “Eu acho que é assim que se trabalha, com planejamento, e essa reunião faz parte disso para a gente virar essa página de um problema que já está se arrastando há décadas, uma vez que a região Norte não consegue utilizar mais do que 30% dos recursos alocados”, observou. 


Estiveram presentes no encontro o secretário Nacional da Habitação do Ministério das Cidades, Hailton Madureira; a vice-presidente de Habitação da CAIXA, Inês Magalhães; e o vice-presidente de Habitação de Interesse Social da CBIC, Clausens Duarte. 

Commentaires


Les commentaires ont été désactivés.

Notícias Relacionadas

Não há notícias relacionadas

Imagens

Não há imagens relacionadas

Vídeos

Não há vídeos relacionados

Áudios

Não há áudios relacionados

Webcast

Não há webcast relacionados

fiepa-com-assinatura-positiva.png

Siga nossas redes sociais

Contato

(91) 4009-4965

Observatório da Indústria do Pará

Guia Industrial do Pará

CNI

SESI/PA

SENAI/PA

IEL/PA

Copyright © 2024 FIEPA. Todos os direitos reservados

Desenvolvido por Fluxo

bottom of page