“A Guerra do Mundo Corporativo” foi o tema da palestra promovida pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado do Pará (Sistema FIEPA) para seus colaboradores no dia 10/01, no Auditório Albano Franco, em Belém, com transmissão ao vivo para as demais unidades da entidade no Estado. O palestrante foi o jornalista investigativo e escritor premiado, Klester Cavalcanti, único brasileiro a cobrir a guerra da Síria no epicentro do conflito. Ao fazer analogias entre o que viveu no confronto e os desafios do ambiente corporativo, o jornalista falou sobre superação de desafios, estresse, foco no resultado, estruturação de equipe, resiliência e trabalho sob pressão. A abertura do evento contou com as presenças do presidente do Sistema FIEPA, Alex Carvalho; do superintendente do IEL Pará, Carlos Auad; do diretor regional do SENAI e superintendente do SESI, Dário Lemos; e do presidente do Conselho Temático de Infraestrutura da FIEPA (COINFRA) e do CIP, José Maria Mendonça.
Para o presidente da FIEPA, Alex Carvalho, o objetivo foi proporcionar um momento de reflexão e aprendizado sobre desafios e superação. “Todos os dias nos deparamos com diversos desafios, seja na vida pessoal ou no ambiente de trabalho. Então, a ideia hoje, ao compartilhar esses conceitos, é que possamos iniciar o ano conscientes dos desafios que estão por vir e para percebermos a força e a capacidade que cada um de nós têm para solucionar problemas e superar obstáculos. Esperamos que este seja um ano transformador e que consigamos atingir nossos objetivos”, afirmou o presidente da FIEPA.
Klester Cavalcanti esteve na Síria em 2012 para fazer uma reportagem especial sobre o confronto e viveu a experiência de ser preso, ameaçado de morte e torturado. Todo o aprendizado foi registrado no livro "Dias de Inferno na Síria", que teve adaptações para o cinema. Em quase 30 anos de profissão, o jornalista de 52 anos já trabalhou em alguns dos maiores veículos de comunicação do Brasil, entre eles Veja, Estadão, Globo e IstoÉ. Recebeu prêmios internacionais, como o de Melhor Reportagem Ambiental da América do Sul, conferido pela agência Reuters e pela ICUN (União Mundial para a Natureza) e o Natali Prize, o mais importante prêmio de Jornalismo de Direitos Humanos do mundo.
“Fui para a Síria para cobrir o conflito e percebi que a palavra guerra tem vários vieses, entre os quais a guerra na vida, no dia a dia e no ambiente de trabalho. Mas na guerra também é possível, apesar do sofrimento, ver muita beleza humana. Geralmente, a primeira pergunta que me fazem é se eu tinha medo de morrer. Claro que eu tinha consciência desse risco, mas acredito que, se você tem um objetivo, um propósito verdadeiro, não pode deixar de fazer por medo de dar errado”, falou o jornalista.