Foram mais de três dias entre viagens de ônibus e avião até chegar na Unidade SESI Ananindeua, na região metropolitana de Belém (Pará), onde está sendo realizada a etapa regional do Torneio SESI de Robótica First Lego League. A experiência é da equipe The Builders, que reúne alunos do Centro Educacional Professor Paulo Freire, escola localizada no município de Pimenta Bueno, distante 522km, da capital Porto Velho, em Rondônia.
“Esta é a segunda vez que a equipe participa do Torneio, e desde o ano passado a gente percebeu que essa interação entre as equipes é uma das partes mais importantes de participar desse projeto. Por isso não poupamos esforços para vir a Belém e eles ficaram muito empolgados com esse momento. Então mesmo com todo o tempo que gastamos viajando os alunos vieram muito animados, nem a viagem de ônibus cansou eles. Viver esse momento é uma das expectativas que mais animam os alunos porque essa experiência enriquece ainda mais os core values deles. Nesses dois anos, a gente percebeu que os alunos desenvolvem um raciocínio lógico que é um muito importante para eles não só na matemática”, explica a técnica da equipe The Builders, Ingrid Machado.
Quem também percorreu um longo caminho para participar da competição foi a equipe Acrebóticos, do Centro Educacional Marília Santana, em Rio Branco, no Acre. Foram seis horas de viagem de avião, mesmo tempo que os integrantes da SpiderBots passaram dentro de um ônibus vindo da cidade de Paragominas, no sudeste do Pará. Eles são da Escola SESI de Paragominas, que fica a 290km da capital do Estado.
“Eu entrei no SESI particularmente pela Robótica, porque eu conheci a First Lego League antes de entrar no SESI, e aí eu entrei na equipe muito feliz, muito animada e quando eu me engajei de verdade foi muito divertido para mim, eu tô na equipe já faz três anos e é sempre desafiador, principalmente a parte da categoria Core Values porque nos incentiva a trabalhar em conjunto”, conta a estudante Anne Eloise Arruda, do oitavo ano, que integra a equipe Acrebóticos, do Centro Educacional Marília Santana, em Rio Branco, no Acre.
Depois de passar seis horas dentro de um ônibus, a equipe SpiderBots, de Paragominas, trouxe para a competição um projeto baseado numa tecnologia do jogo Pokémon, adaptada para a formatação de um banco de dados de espécies marítimas locais. “Além do trabalho de construção da Pokédex paraense, que funciona como um banco de dados com as espécies marítimas locais - cujo objetivo é ajudar os biólogos a encontrarem informações de forma mais rápida sobre essas espécies - os alunos confeccionaram ainda cartas baseadas em todas as equipes presentes na competição, para valorizar o contato e o espírito colaborativo, que faz parte da First Lego League”, explica o professor Jhosefy Conde, técnico da equipe.
A competição segue até às 18h, desta sexta-feira, no SESI Ananindeua, com entrada gratuita.